segunda-feira, 28 de março de 2016

Esclarecimento geral sobre subgéneros

Dado o facto de que eu tenho uma vida fora do computador e da internet, decidi fazer esta postagem para vos esclarecer de algumas coisas acerca da análise dos subgéneros do heavy metal neste blog.
Vocês bem repararam que eu acabei agora de publicar a análise de mais dois subgéneros do death metal - daqueles que se adequam a todos os outros estilos de música de igual maneira, sendo possível diferenciá-los ao alterar a palavra "death" para outra qualquer (thrash, speed, doom, etc.), tal como é necessário que a própria pessoa se localize na  respetiva estética do género em questão. Assim, é possível que esta possa identificar o que quer que seja que esteja a ouvir, chegando a conclusões como "sludge metal sinfónico", "thrash metal melódico", entre outros.
E é precisamente para não ter que andar a encher o blog com esse tipo de postagens que quis deixar claro aquele pequeno parágrafo ali de cima.


Existem, no entanto, outros subgéneros cujas características se conseguem propagar por todos os outros estilos que podem ser alvos de outras designações do mesmo labor. Por exemplo, como é que se pode diferenciar "metal progressivo sinfónico" de "metal sinfónico progressivo"? À primeira vista, ambos parecem ser exatamente a mesma coisa, porém, não é bem assim:
O metal progressivo sinfónico é simplesmente algo como Dream Theater ou Sacrifice to Survive com a adição de instrumentos ou elementos sinfónicos, como se ocorresse uma fusão de um destes dois com uma peça de Beethoven. Então e quando ao outro? O metal sinfónico progressivo é simplesmente algo como Elleanore ou Against Myself com uma estética de progressão musical que não inclui apenas os instrumentos primários (guitarra e baixo) no seu véu, mas também os instrumentos sinfónicos, de modo a que todos possam usufruir do mesmo "subsídio da progressão".
Praticamente, é deste modo que os géneros representados se manifestam. A mesma coisa acontece com, por exemplo, "industrial avant-garde metal" e "avant-garde industrial metal".

Existem ainda outros estilos como "post-black metal" e "post-thrash metal", que, apesar de possuírem a mesma palavra no início do respetivo título, não quer dizer que se manifestem da mesma maneira.

Aproveito para mencionar que subgéneros como cybergrind e noisegrind, que são géneros híbridos que não se centram na parte "metálica" do grindcore, não serão analisados neste blog, por razões óbvias.


Deixo então claro que apenas deixarei os subgéneros de fusão do death metal como completos, dada a flexibilidade do género, portanto, não esperem encontrar algo relacionado com "groove metal alternativo sinfónico melódico experimental". Destes subgéneros de fusão, mencionarei apenas aqueles pertencentes a bandas famosas e importantes na cena heavy metal (power metal sinfónico, por exemplo). Há ainda aqueles outros que são exclusivos de um determinado estilo, que também serão analisados no blog (e.g.: metal gótico extremo, black metal ambiente).

Death Metal Industrial

Synthetic Breed - Perpetual Motion Machine
Origens: Death Metal, Industrial Metal, Industrial
País: Estados Unidos da América, Suécia
Ano: Início da década de 2000
Instrumentos comuns: Guitarra, baixo, bateria, teclado, sintetizador, sampler
Bandas principais: The Project Hate MCMXCIX, Dead World, Strapping Young Lad, Azure Emote, Synthetic Breed, The Amenta, Psygnosis, Mechina, Shade Empire
Subgéneros: Blackened, Technical, Symphonic, Avant-garde, Progressive, Melodic, Atmospheric, etc. (industrial death metal)

-Género de música death metal que apresenta influências de música industrial e eletrónica, demonstrando uma sonoridade marcada por um uso intensivo de teclados, sintetizadores e samplers e por uma instrumentação que aparenta ser maquinizada;

-As guitarras estão mais afinadas no death metal industrial do que quando o género se encontra na sua forma regular, à semelhança do próprio metal industrial;

-Geralmente, as letras utilizadas nas respetivas músicas apresentam temas relacionados com o espaço, tecnologia, civilizações futuras e vida no futuro;

-O álbum "Cybersonic Superchrist", de The Project Hate MCMXCIX, lançado em 2000, pode ser considerado como o primeiro ou um dos primeiros álbuns de death metal industrial de sempre.


Músicas sugestivas do género:

Synthetic Breed- Dimension Zero

Strapping Young Lad- Oh My Fucking God

Perfect Assymetry- Bastedad Nastiness

Death Metal Experimental

Forgotten Silence - La Grande Bouffe

Origens: Death Metal, Avant-garde Metal, música experimental
País: Austrália, Suécia, Holanda, Suíça
Ano: Finais da década de 80
Instrumentos comuns: Guitarra, baixo, bateria, teclado, instrumentos variados
Bandas principais: Alchemist, The Levitation Hex, Phlebotomized, Pan.Thy.Monium, Forgotten Silence, Babylon Sad
Subgéneros: Blackened, Progressive, Technical, Melodic, Industrial, Symphonic, Atmospheric, etc. (experimental death metal)

-O death metal experimental (ou avant-garde death metal) é caracterizado e facilmente reconhecível por ser uma amálgama do death metal com música ou metal experimental, oferecendo, a este primeiro, elementos bastante diferenciados da sua forma comum, que vão desde secções ritmáticas e temporais variadas a uma conjugação de instrumentos musicais também variados e/ou respetivos a outros géneros de música, mais propriamente tribal e industrial, operados, normalmente, de uma maneira brusca e repentina;

-Neste estilo de música, denota-se uma fuga às convenções normais do death metal, ingressando numa musicalidade mais livre e que pode/costuma ser improvisada. Os vocais tendem a ser tanto limpos como violentos (guturais ou gritados) e os riffs de death metal estão presentes na música do género, no entanto, são estruturados ou organizados de um modo experimental. Normalmente, as músicas são conjugadas com instrumentos como saxofones, trombones, teclados, violinos, que permitem obter uma grande variedade de sonoridades diferentes. A instrumentação utilizada tende a ser tocada de um modo bastante complexo;

-Ocasionalmente, são integradas gravações de vozes nas músicas ou vocais "malucos", tal como acontece na segunda música em baixo;

-Duas grandes bandas de death metal experimental surgiram na Austrália: Alchemist e The Levitation Hex.


Músicas sugestivas do género:

Phlebotomized- Desecration of Alleged Christian History 

Politess- Chaos Dans la Prairie

Liquid Graveyard- Violent Skies

domingo, 13 de março de 2016

Death Metal Sinfónico

Eternal Tears of Sorrow - Chaotic Beauty
Origens: Death Metal, Música clássica
País: Finlândia, Itália, Polónia
Ano: Segunda metade da década de 90
Instrumentos comuns: Guitarra, baixo, bateria, piano, teclado, violino, instrumentos sinfónicos
Bandas principais: Vesania, Septicflesh, Wintersun, Dark Lunacy, Fleshgod Apocalypse, Eternal Tears of Sorrow, Ex Deo, Mayan
Subgéneros: Melodic, Technical, Avant-garde, Progressive, Dark, Industrial, Atmospheric, Blackened, etc. (symphonic death metal)

-Género musical que se caracteriza por ser uma fusão do death metal com elementos sinfónicos (teclados, pianos, violinos, violoncelos, etc.), possuindo uma sonoridade associada à música clássica ou orquestral;
-É passível de ser confundido com o death metal melódico. Enquanto que este faz uso de pianos ou teclados para acompanhar a música e torná-la, de certo modo, menos severa que a musicalidade do death metal normal, o sinfónico concentra-se apenas em incorporar, em si, elementos próprios de música clássica, neoclássica, impressionista, orquestral, etc., numa escolha obrigatória de instrumentos sinfónicos;
-É comum que algumas bandas deste estilo adoptem um riffing melódico, introduzam coros vocais e executem também alternâncias vocais, entre operáticos e/ou limpos e guturais e/ou gritados. No entanto, estas regras não são obrigatórias nem seguidas por todas as bandas do género:
-As bandas Vesania, Septicflesh, Dark Lunacy e Wintersun são normalmente reconhecidas como as primeiras que executaram uma fusão entre o death metal e instrumentos sinfónicos.


Músicas sugestivas do género:

Eternal Tears of Sorrow- Autumn's Grief

 Hadal- Close Shut the Jaws

Mayan- Symphony of Aggression

Death Metal Atmosférico

Septicflesh - Sumerian Daemons
Origens: Death Metal/Melódico
País: Grécia
Ano: Década de 90
Instrumentos comuns: Guitarra, baixo, bateria, teclado, sintetizador, sampler
Bandas principais: Septicflesh, Horrified, Incative Messiah, The Monolith Deathcult, Dylath-Leen, Whispering Forest
Subgéneros: Blackened, Progressive, Avant-garde, Dark, Epic (atmospheric death metal)

-Popularizado pela banda grega Septicflesh, o death metal atmosférico conta com uma sonoridade regular do death metal (normalmente, death metal melódico), mas com a adição obrigatória de teclados (e por vezes, de instrumentos eletrónicos), com a intenção de criar uma atmosfera característica em torno da música;

-Diferencia-se do death metal sinfónico pelo facto de este se preocupar em adicionar teclados, pianos, violentos, etc. na sua música apenas para formalizar uma sinfonia simples. Enquanto a isso, o atmosférico utiliza várias técnicas no teclado que não necessariamente respetivas às sinfónicas;

-Costuma ser acompanhado de coros vocais e de alternâncias entre vocais violentos (guturais ou gritados) e vocais limpos. O próprio riffing das canções é mais melódico do que o do death metal normal. No entanto, estas regras não são obrigatórias nem seguidas por todas as bandas do género, obviamente.


Músicas sugestivas do género:

Septicflesh- Sumerian Daemon

Dylath-Leen- Forever Still

Inhuman Obsessed- Bleed White

domingo, 6 de março de 2016

Biografias: Guillermo Calero

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Nome: Guillermo Calero Bernal
País de origem: Espanha
Idade: 25 anos (22 de dezembro de 1990)
Instrumento: Bateria
Bandas ativas:
-Gennotype (baterista)
-Wormed (baterista)

Bandas passadas:
-Cadaverized Ferocity (baterista)
-Upheaval (baterista)

-Músico espanhol nascido na cidade de Albacete;
-Desde 2012 que toca bateria nos concertos da banda The Bridal Procession.